Mas o que será que é, por fim?
Que tanta angústia e alegria causa
A si e a todos, a ninguém.
Consegue ser utópico, platônico
E, por isso, satisfaz ainda mais
Quem não sabe amar

E quando se aprende, vira o quê?
Não deixa de ser mas já não é o mesmo
Aquele que um dia foi hipótese
Hoje brilha, alegra e machuca
Quando quer, sem pedir permissão
A quem aprendeu a amar

E depois, o que acontece?
Vira um ciclo, um vício, ou mais
Que prende a alma pela necessidade
Pela vontade de estar ali
Em contato constante, onde for
Mas será e existirá sempre
Para que um dia possamos dizer:
Amei.