Escrito por
@luiizmiranda
Em:
Lá e cá
Lá e cá, vez em quando, rostos tristes me aparecem. Mas já não pedem ajuda.
Lá e cá, vez em quando, o mundo parece melhorar, mas volta a ser o que era: cruel, vão e curto.
Queria eu, vez em quando, carregar o peso do mundo nas minhas costas e esquecer o que um dia foi a vida para salvar a de todos.
Queria eu, vez em quando, acertar todas as minhas decisões e ter tempo de sobra para consertar erros que não são meus.
E há quem diga que o mundo é injusto e assim será.
Mas quem chega agora no mundo não tem culpa de nada. Do pão que falta à mesa, da cama que falta ao quarto (quando se tem casa), do cobertor que não está ali para espantar o frio (e de pensar que tem gente que acha que a vida é uma merda porque não tem ar condicionado para suportar o verão).
De mal a pior ou melhorando sem ninguém ver?
"Que pais é este?"
Anos se passam e a narrativa é a mesma. O mundo é o mesmo porque as pessoas ainda são as mesmas. O pensamento de vingança é passado de geração em geração com a filosofia de que "se eu sofri e sobrevivi você também pode sofrer". Não digo de conforto ou riqueza, não. Falo do básico: Educação e alimentação. Mas isso hoje em dia não tem valor algum.
Queria eu ser todo-poderoso para ser justo com os que merecem e consertar aqueles que vivem no erro.
Lá e cá, vez em quando, me pego pensando essas coisas.
Lá e cá, vez em quando, me sinto triste.
E fraco.
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